Pipa Escoteira

O 19º Grupo Escoteiro Coqueiral tem trabalhado constantemente para indicado para fortalecer as atividades culturais familiares e tradicionais promovendo com regularidade anual atividades relacionadas as lembranças de infância de pais e avós. Um exemplo desse trabalho é nossa oficina de Pipas, que tem como objetivos integração das famílias envolvendo crianças, jovens, pais e filhos em uma atividade recreativa, integração social reunindo diversos segmentos da sociedade numa comunidade integrada para o mesmo fim, levando lazer, cultura e entretenimento à comunidade local.

Objetivos deste projeto

1. Desenvolver habilidades de vida ao ar livre.
2. Estimular o trabalho em equipe e a liderança.
3. Proporcionar situações em que os jovens assumam responsabilidades, tomem decisões e aprendam a liderar de forma cooperativa.
4. Fortalecer o espírito de fraternidade escoteira.
5. Criar momentos de integração, convivência saudável e amizade entre crianças, adolescentes e jovens de diversas idades.
6. Despertar consciência ambiental.
7. Despertar a responsabilidade social.
8. Estimular a superação pessoal e coletiva.
9. Encorajar os jovens a vencer seus próprios limites, desenvolver resiliência e enfrentar desafios com confiança e segurança.
10. Proporcionar experiências marcantes que contribuam com a formação do caráter.
11. Oferecer vivências únicas em contato com a natureza, fortalecendo a identidade e o pertencimento ao movimento escoteiro.
12. Estimular a criatividade.
13. Criar vínculos afetivos entre pais e filhos.

A primeira oficina de pipas foi idealizada por nosso chefe escoteiro Marcelo Guervich em meados de 2019, a tradição esteve parada durante a pandemia, tentamos retornar em 2024, mas sem sucesso. Em 2025 conseguimos retornar com a oficina de pipa e planejamos oficializar um concurso de pipas nos dias das Crianças.

A abrangência do trabalho com pipas é municipal (Aracruz), com predominância dos bairros litorâneas como Coqueiral, Sauê, Praia dos Padres, Barra do Sahy etc.), mas e aberto a todos os públicos.

Atualmente o responsável pelo projeto é o chefe Cleiton Torres Machado, mas o chefe Marcelo ainda participa como suporte e principal incentivador.

Protetores da Tradição.

O 19º Grupo Escoteiro Coqueiral tem por vocação a paixão pela arte da Pipa. A pipa foi criada na China antiga há mais de 2.500 anos, sendo usada inicialmente para comunicação militar, fins místicos e científicos. Ela se espalhou pelo mundo, chegando ao Brasil com os colonizadores portugueses, onde se tornou um popular brinquedo, contudo, sua relevância história é incontestável e atestável em diversas frente tanto militar e científicos.

Avanços científicos: As pipas foram usadas para estudar a aerodinâmica e até mesmo para a invenção do para-raios, como no famoso experimento de Benjamin Franklin.

Uso militar: As primeiras pipas eram feitas de seda e bambu, e seus movimentos e cores serviam como sinais para transmitir mensagens entre destacamentos militares.

Chegada ao Ocidente: No século XVI, as pipas chegaram à Europa e às Américas.

No Brasil: A pipa chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses em 1596. As pipas eram usadas para alertar sobre perigos e transmitir mensagens.

Aos poucos a pipa foi se tornando uma brincadeira de criança, mas hoje em dia está em risco de cair no esquecimento devido as grande avanço que a revolução dos jogos digitais tem alcançado.

Fragilidade da geração atual.

Proteger a tradição de soltar pipas é preservar um elo afetivo entre gerações, um gesto simples que carrega em si a riqueza das memórias e dos vínculos humanos. Em um tempo em que a infância muitas vezes se perde em telas e tecnologias, soltar uma pipa representa um convite ao contato com o céu aberto, ao vento no rosto e à alegria genuína das brincadeiras ao ar livre. É também a cena terna do avô ensinando o neto a montar sua primeira pipa, compartilhando paciência, sabedoria e afeto em cada detalhe. Para os mais velhos, ver crianças correndo com pipas coloridas desperta lembranças de sua própria infância, reacendendo sentimentos de alegria e pertencimento. Assim, a pipa deixa de ser apenas brinquedo e torna-se símbolo de união, memória e continuidade daquilo que nos faz humanos.

Soltar pipas é muito mais do que brincar: é costurar memórias no céu. Em cada linha esticada há um elo entre gerações, onde o avô ensina o neto e a infância redescobre o vento. No colorido das pipas, guardam-se lembranças que atravessam o tempo e mantêm viva a essência simples e humana de brincar ao ar livre.